Debaixo do viaduto
Canto escuro, passo bruto
Lágrima em cada passada
Desencontro conhecido
Um beco quase esquecido
Agonia empesteada
Um caminho estreito
Me encolhe o peito
Um amor desfeito
Rotatória de ideias
Um aperto na traqueia
Engolir a solidão
Um silêncio na sarjeta
A cidade branca e preta
Urbaniza o coração
Avenida inteira
Vida de ladeira
Vira a sinaleira
Cimentando a fantasia
Sob angústia e nostalgia
Dá-se um jeito de levar
Só me resta o passo reto
Se na selva de concreto
Não se pode mais sambar
Sobe o elevado
O certo e o errado
Salvo e censurado
Ei, você
Se lembra do que a gente fez
Sem porquê
Besteira de quem já viveu em vão
Senta aqui
Nem fala que é pra não doer
Vem sentir
Que o sonho já envelheceu
Há tanto que agora eu não sei mais
Você se foi ou eu te pus pra trás
Não há porque
Se debulhar
Se o que passou
Não vai voltar
Vazio sim
Não vá sofrer
Saudade veio pronta pra preencher
A rubra vergonha de qualquer torpor
O cheiro do escárnio e a cara de horror
MInha liberdade
Vontade
Vaidade
E o acalento de sempre ir pro céu
Deixa despedaçar
Pra mim já morreu
Aqui só tem eu
A monotonia do seu cobertor
O falso lirismo e o vício do amor
Meu longo gemido
Oprimido
Calado
Por tanta promessa de um novo apogeu
Deixa despedaçar
Pra mim já morreu
Aqui só tem eu
MInha confiança que o mundo ruiu
A tolerância de viver no cio
Aquela coragem
Miragem
Selvagem
E a violência de desabafar
Deixa tudo acabar
Pelo amor de deus
Respeita esse olhar
Pra mim já não dá
Pra mim já morreu
Aqui não tem nós
Aqui só tem eu
Sabe lá
Por que foi feito esse bordão
Sabe lá
Quem vai pular nesse cordão
Sabe lá
Será
Que vai trazer o violão
Pra cantar
Tentar ser tudo o que não é
Vou escapar
Não fico aqui
Vou me mandar
Essa vida não é
Mais o que já foi
Ela já foi e eu fiquei pra trás
Não dá mais
Pra alcançar
Fica aqui
Não vai embora agora não
Diz pra mim
Das coisas que vem lá do céu
Vou te contar
Não sou daqui
Eu vou pro mar
Vou pegar essa estrada
E andar até cansar
E vou pular o carnaval
Que a vida vai ser mais feliz
Nasceu
E já cansou de ser
Quem é que vai cantar pra ele ter
A aflição da luz do amanhecer
Ser um não era
Ser seu não mais
Serpente em alma
Mas nada satisfaz
Mas que vontade voltar a si
E suar, mas dá uma preguiça
Andei
E já senti
Mãe, me leva no colo
Sei que não me aguenta mais
Mas aposto não me aguento mais
Ainda assim
Quero restar
Não me acorde até chegar
Canta pra eu dormir
Nadou no ventre
Com emoção
Tinha o perfume
Pra ir de encontro ao som
Mas mastigaram seu caminho em vão
Por bem cortaram suas mãos
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